IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS – IMPERATRIZ-MA
DEPARTAMENTO DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2013
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA PROFESSORES DA EBD
I –
DIDÁTICA
II –
ÉTICA DISCIPLINAR
III –
DISCIPULADO DINÂMICO
IV – O
ENSINO RELEVANTE PARA ADOLESCENTES
V - O
ENSINO RELEVANTE PARA JUVENIS
VI - Auto-Avaliação para Professores de Escola Bíblica
DIDÁTICA
OS PRINCÍPIOS NECESSÁRIOS PARA
UMA BOA DIDÁTICA.
I –
METODOLOGIA
Os
métodos didáticos são os elementos que o professor utiliza para uma boa aula.
Cada professor deve assumir uma forma própria de elaborar suas lições e de dar
as suas aulas.
Fatores
que levam o professor a desenvolver um bom método didático:
1 – LEVAR
EM CONTA A IDADE DA CLASSE.
O
professor não pode assumir um método de ensino que esteja fora da faixa etária
da sua classe. Cada fase da vida está relacionada a certas características e
são a essas características que o professor deve estar atento para poder
alcançar o êxito esperado. É preciso saber direcionar as aulas dentro desse
propósito, para isso, o professor necessita conhecer as características que
permeiam a idade da classe que ensina.
2 – SER
UM BOM PESQUISADOR.
É
impossível desenvolver uma boa didática se o professor não tem o habito de
pesquisar. Não é que a lição não tenha um aparato suficiente para dar uma boa
aula, é que ela é muito resumida e requer alguns recursos adicionais.
3 – TER
CRÍTICA AUTO-SUGESTIVA.
Reconhecer
que precisa melhorar que precisa mudar alguns detalhes em sua maneira de dar
aula, é um dos maiores obstáculos que impede que o professor alcance um método
disciplinar avançado. O professor precisa ter a capacidade de saber criticar a
si mesmo, de reconhecer que precisa de ajuda. Achar que não precisa pesquisar
que não precisa participar de reuniões, que é só abrir a lição e pronto tudo
está feito, é um equivoco crucial para o impedimento do crescimento de qualquer
professor. O professor deve, acima de tudo, olhar a cada dia no espelho e
perguntar para si mesmo se é o professor que está alcançando os objetivos
necessários.
II –
LIÇÃO PROGRAMADA
Na hora
de aplicar a lição da escola bíblica dominical, geralmente, o professor
encontra alguns empecilhos que requerem de si um certo malabarismo. A lição
programada, feita em casa, ajuda a eliminar esses empecilhos, isso porque o
professor cria um programa com começo, meio e fim. A lição programada é o
controle que o professor tem sobre sua lição, a capacidade de assimilar e
associar dentro de qualquer tempo. Uma lição programada é feita com:
1 –
OBJETIVOS DEFINIDOS.
A falta
de objetividade é o momento em que o professor parece não saber o que está
fazendo, como se estivesse perdido. O objetivo é quando o professor sai de casa
para a classe de aula sabendo exatamente o que vai fazer, e certo dos alvos que
vai alcançar.
2 –
RASCUNHOS.
Muitas
vezes a lição não é dada dentro do tempo previsto porque o professor ensina
cada ponto da lição em apreço, independentemente, como se cada um fosse um
assunto particular. Antes da aula é preciso que se tenha uma visão panorâmica
de toda a lição, então, se faz um rascunho ou esboço com os pontos que definem
categoricamente cada tópico.
III –
NOÇÃO
1 – O
PROFESSOR PRECISA TER NOÇÃO:
A – Do
Tempo
Noção de
tempo na hora dar a aula é como um pedestre no momento de atravessar a rua, ele
olha para a avenida que vai cruzar e que vê que não muito longe vem se
aproximando um carro, ele faz um calculo preciso entre a distância e o tempo,
ao fazer essa comparação, ele sabe se atravessa ou não. Assim também deve ser
na classe de aula, o professor precisa comparar o tamanho da lição e o tempo e,
então, procurar o meio certo para efetivar toda a lição.
B – De
funcionamento
Noção de funcionamento é a capacidade que o professor tem de analisar a
condição de sua classe, encontrar as deficiências e efetuar a cura.
C – Das
prováveis questões que geram discussões.
O
professor da EBD não é aquele que domina todas as ciências, mas aquele que está
apto a responder pelo menos as questões mais embaraçosas. Tome conhecimento das
questões mais grotescas em nosso meio e procure as respostas definitivas.
O
professor deve estar apto a responder questões como: Divórcio (O que é, porque
não, o que a Bíblia diz, o que os homens dizem), Homossexualismo (Porque não, o
que a Bíblia diz, o que os homens dizem, como vencer, como lidar), Drogas, pais
e filhos, questões políticas, questões sociais, conflitos emocionais, entre
outras coisas. Se o professor procurar estar esclarecido sobre os temas
corriqueiros em nosso meio, nenhuma pergunta o surpreenderá.
IV –
AFINIDADE LITERÁRIA
O conhecimento do professor se baseia naquilo que
ele lê. Esse conhecimento pode ser limitado, ou pode atingir proporções
inesperadas se o professor ousar adquirir as mais variadas informações das
melhores fontes possíveis.
A –
Literatura:
-
Brasileira (Ajuda a desenvolver a interpretação de texto, leitura e
escrita).
-
Romance policial (Ajuda a desenvolver o argumento e o raciocínio)
-
Clássica (Ajuda a conhecer as épocas, entender os pensamentos religiosos e
culturais).
B –
Filosofia:
-
Clássica (Ajuda a compreender as questões da humanidade e as respostas
fornecidas pelos filósofos gregos e de épocas).
-
Atual (Ajuda o professor a descobrir qual o pensamento moderno e suas
soluções mais atuais para os problemas humanos).
C – Periódicos:
-
Revistas de informações gerais (Trazem os acontecimentos e fatos que o professor
precisa conhecer – Lê principalmente a revista Ensinador Cristão).
-
Revistas de informações específicas: Ciência, religião, curiosidades (Ajudam
o professor a conhecer questões interessantes que podem ajudar em suas lições).
-
Jornais (Ajuda o professor a estar por dentro da situação política, econômica
e social da sociedade).
D –
Teologia:
-
Livros de teologia clássica (Martinho Lutero, Calvino, Santo Agostinho,
entres outros)
-
Teologias sistemáticas (É importante que o professor tenha em casa livros de
teologia sistemática de escritores diferentes)
-
Livros devocionais (Ajudam no desenvolvimento da oração, devoção e louvor).
E –
Material de pesquisa:
-
Enciclopédias (Teologia, cultural e informações gerais)
-
Dicionários (Evangélico, católico, latim, grego, hebraico e secular)
-
Internet e suas múltiplas opções de aprendizado.
Acesse principalmente: www.escoladominical.com.br e http://www.apazdosenhor.org.br/estudos_biblicos/index.htm
-
F – Bíblias:
De estudos diversas (Auxiliam o
professor com suas notas e estudos). ( Bíblia de Estudos Pentecostal mais
completa )
V –
ARGUMENTAÇÃO
Argumentar é saber colocar as ideias a respeito de
um determinado assunto, de maneira que se obtenha êxito naquilo que se está
enfatizando. Mas para o professor ter sucesso em seus argumentos, precisa de
total conhecimento sobre o assunto que vai defender. O âmago da argumentação é
a pergunta e a resposta, por isso, para desenvolver a argumentação nada melhor
do que perguntar e em seguida responder ao tema da lição.
VI –
PSICOLOGIA DIDÁTICA
1 –
PSICOLOGIA APLICADA A SI MESMO – O TEMPERAMENTO DO PROFESSOR.
A –
Manter o equilíbrio quando a opinião de alguém discorda do que está sendo
ensinado.
B – Estar
apto a responder a qualquer questão e não criar subterfúgios, não dar qualquer
resposta por pura pressão.
C – Ser
sincero com os seus alunos, se não consegue responder a alguma pergunta, tente
pelo menos reconhecer isso e procure melhorar sua condição de professor pedindo
para numa próxima oportunidade dar sua resposta, a fim de evitar eventuais
situações desconcertantes.
2 –
PSICOLOGIA APLICADA À CLASSE DA EBD.
A – Saber passar lições de vida
em cada lição. O
professor precisa orientar bem os seus alunos a esse respeito. Na classe dos
adolescentes, eles precisam extrair lições de vida, descobrir do professor
orientações que os ajude a vencer certas perturbações. Dessa forma, o professor
da classe dos casais precisa saber empregar lições de vida para os seus alunos:
o valor da família, moralidade, e assim por diante. O professor de cada tipo de
classe na escola precisa saber direcionar sua lição para aplicações de vida
pessoal de cada um.
B – Saber passar lições
espirituais. É
necessário que o aluno não só conheça as histórias bíblicas na aula, mas que o
aproveitamento seja realmente prático. O objetivo da escola bíblica dominical é
exatamente este: crescimento espiritual. Um aluno nunca pode voltar para casa
insatisfeito com as respostas dadas pelo professor, pelo contrário, em cada
aula, o aluno deve se sentir satisfeito por confiar na palavra do professor,
pois está certo de que ele tem noção do que está falando.
VII –
CRIATIVIDADE
Ser criativo significa ter ideias e projetos audaciosos. Se o professor não é
tão criativo ele pode recorrer a outros professores e compartilhar de suas ideias.
Ser
criativa envolve:
1 –
ATUALIZAR A CLASSE COM INFORMAÇÕES DO MEIO EVANGÉLICO E SECULAR.
Para que isso aconteça, o professor deve estar a par dos acontecimentos
nacionais e internacionais. É importante que a lição não se detenha apenas ao
seu conteúdo, mas atinja através do professor uma dimensão bem pessoal da vida
do aluno. (Jornal de TV é um resumo bem interessante de notícias atuais)
2 – LEVAR
O ALUNO A PARTICIPAR ATIVAMENTE DAS AULAS.
O grande problema de certos professores é que somente ele se acha responsável
pela aula, mas se mudar de ideia e começar a perceber que deve interagir com o
aluno nas aulas, aí o resultado será óbvio, o sucesso! A maneira de se eliminar
conversas paralelas e dúvidas na classe é ganhar a confiança do aluno, ele
precisa respeitar o professor, mas, também precisa ter liberdade para
participar.
3 – CRIAR
DINÂMICAS.
Hoje em dia está muito fácil de criar dinâmicas na classe de aula, o professor
só precisa ter humildade para buscar recursos externos como, navegar na
internet, pedir ideias a outras pessoas, ou conversar com os alunos. O certo é
que dinâmicas tornam as aulas mais envolventes e além de garantirem a
participação do aluno, sempre o mantém satisfeito com a EBD, pois o ensino lhe
é fixado na memória.
ÉTICA DISCIPLINAR
AOS PROFESSORES E SUPERINTENDENTES.
I –
DISCIPLINA
1 –
DISCIPLINA QUANTO ÀS REUNIÕES GERAIS.
Quem trabalha em qualquer área da EBD precisa
compreender que sua participação nas reuniões gerais é de suma importância, uma
vez que são nestas reuniões que são discutidas as questões relacionadas ao seu
departamento.
2 –
DISCIPLINA QUANTO À ORGANIZAÇÃO DOS SEUS RELATÓRIOS.
São os relatórios que demonstram como está andando
a EBD em cada congregação. O responsável geral, por meio dos relatórios, pode
ajudar ao diretor e ao coordenador a administrarem suas respectivas áreas. Um
professor que não consegue organizar e entregar seus relatórios demonstra uma
deficiência em sua administração, visto que essa parte é a mais simples na
função que desenvolve.
3 – DISCIPLINA
QUANTO A ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL
A – Aos
Superintendentes.
O diretor da EBD não pode ficar levando o departamento de qualquer maneira. Tem
muitas congregações onde a escola bíblica é totalmente desorganizada, com frequência
baixa dos alunos, classes amontoadas, horários irregulares, professores
despreparados, entre tantos outros problemas. O diretor deve reconhecer quando
o departamento que dirige estiver deficiente, porque só quando ele reconhece
que tem deficiência é que ele poderá ir à busca da cura, ou solução.
B – Aos
professores.
A classe da escola bíblica é o lugar de trabalho do professor, é o seu ambiente
de relacionamento com os seus alunos, se alguma coisa de errado estiver
ocorrendo, é aqui onde mora o problema: na organização. Se os alunos não estão frequentando
as aulas como deviam, ou o professor já ouve murmúrios de que as suas aulas não
estão alcançando o esperado, então, é melhor se localizar e recorrer aos meios
de sanar possíveis impedimentos em sua didática, ou forma de
ensinar.
4 –
OBSTÁCULOS QUE IMPEDEM O PROFESSOR DE SER DISCIPLINADO.
- Preguiça (de ler, de ir às reuniões, de participar efetivamente nas programações do departamento).
- Falta de senso de responsabilidade. Isso acontece quando o diretor ou o professor não consegue perceber a importância de sua função.
- Ignorância (ou seria ingnorância? - Não aceita correção, não precisa de seminários e nem de reuniões, não muda seus princípios).
- Falta de tempo. Muita gente realmente não tem muito tempo, muita gente, no entanto, usa isso como desculpa para justificar sua omissão, pois o tempo somos nós mesmos que programamos.
II –
RELACIONAMENTO
1 – AOS
PROFESSORES.
A –
Relacionamento do professor com o seu diretor.
Se o relacionamento do professor de uma classe
dominical com o seu diretor está, de certa forma, afetado por alguma coisa,
seja indiferença, desacordo ou falta de diálogo; consequentemente, todo o
departamento sofre com isso. É por meio do bom relacionamento com seu diretor
que o professor poderá discutir sobre a falta de material em sua classe, os
problemas de má localização de sua classe, limitação didática e outras coisas
mais.
B –
Relacionamento do professor com o aluno.
A classe de aula da EBD é formada por pessoas de
vários comportamentos, como aqueles alunos com dificuldade de assimilação, ou
aqueles que se acham extremamente inteligentes, ou ainda, aqueles que vão as
aulas para encontrar os amigos, outros que sempre discordam de tudo, entre
tantos outros comportamentos. Tudo isso mostra a responsabilidade que o
professor da EBD tem e o quanto é importante que esse professor conheça a sua
classe, para saber como lidar com seus alunos. Muitos professores não se
importam com isso, o que realmente importa é apenas cumprir o programa. O
professor que tem um bom relacionamento com a classe de aula é aquele que
consegue perceber o grau de aproveitamento de suas aulas. O grande problema com
alguns professores é que eles não conseguem interpretar o meio em que
trabalham, em outras palavras, não sabem se a classe está satisfeita ou
insatisfeita com as suas aulas, se está participando do desenvolvimento dos
seus alunos ou não. O bom relacionamento de um professor com sua classe é
definido quando se pode constatar que os alunos desta classe estão crescendo
espiritual, moral e socialmente.
C –
Relacionamento do professor com o seu pastor.
O bom relacionamento do professor com seu pastor
não pode ser construído sob o medo da comunicação entre ambos. O que o
professor deve fazer é respeitar o seu pastor. O professor deve ser sempre
sincero ao informar seu pastor sobre as ocorrências ao exercer sua função.
2 – AOS
DIRETORES.
A – O
Relacionamento do diretor com o seu pastor.
Em muitas igrejas é comum o pastor não concordar
com os métodos de trabalho do diretor e o diretor não gostar da maneira como o
pastor o critica ou deixa de ajudá-lo. Esses pequenos empecilhos entre o diretor
e o pastor comprometem muito o departamento, uma vez que o desacordo se reflete
nas programações estabelecidas pelo diretor.
B –
Relacionamento do diretor com o responsável geral.
O diretor só poderá executar com êxito a sua função
se o seu relacionamento com o responsável geral estiver bem. O diretor não pode
deixar de participar das reuniões e nem deixar de prestar relatórios da Escola
Bíblica Dominical de sua congregação. Infelizmente, muitos diretores não têm um
relacionamento estreito com o responsável geral, alguns, chegam até a agir com
total indiferença, como se não levassem a sério o departamento e sua estrutura
funcional. A solução para isto é participação em reuniões gerais ou setoriais.
III –
PREPARACÃO
O que leva professores despreparados a estarem
atuando nas classes de escolas bíblicas dominicais?
- Será a displicência dos próprios professores, que
quando assumiram a classe demonstravam capacidade e depois relaxaram não agindo
mais com responsabilidade?
- Será que certos diretores não conseguem
distinguir entre um professor capacitado e outro indisciplinado?
De qualquer forma, o que interessa saber é que um
professor precisa de preparação para pode atuar na EBD. O objetivo do ensino é
formar caráter, influenciar, dar instrução e se o professor não está à altura
de atingir esses objetivos o resultado não é outro, senão, a insatisfação da
classe e a falta de crescimento teológico e espiritual.
O
professor deve ter preparação:
1 –
PSICOLÓGICA.
A preparação psicológica é necessária à vida do professor, porque diante das
mais ousadas perguntas ou colocações ele deve manter o caráter de alguém que
está apto a responder, ou pelo menos saber lidar com qualquer situação. Um
professor não pode ser destemperado, e nem deixar que suas emoções extrapolem
suas ações. O professor preparado psicologicamente age com moderação e
segurança.
2 –
ESPIRITUAL.
As aulas de um professor da EBD não podem se deter apenas a questões racionais.
O professor está diante de uma classe para dar crescimento espiritual aos
alunos, se ele não tem essa espiritualidade como poderá repassá-la? Como poderá
falar de uma coisa que não vive?
3 –
PEDAGÓGICA
O professor além de sua espiritualidade e equilíbrio psicológico necessita de
preparo pedagógico. O método, o objetivo, a forma como passa a lição, tudo isso
tem relevância quando levamos em conta a responsabilidade que este professor
está subordinado: O ensino!
IV – A
SECRETÁRIA (O) DA EBD
A secretária(o) da EBD é a pessoa com quem o Superintendente pode contar, é
quem organiza e dá saídas para o Superintendente no que tange ao andamento do
departamento. A falta de comunicação entre o Superintendente e a secretária(o)
gera problemas como a não entrega dos relatórios mensais e a falta de
organização do departamento. A função de secretária(o) parece simples, mas
quando estamos falando em EBD, não há nada de insignificante nesta tarefa, pelo
contrário, tudo é de grande responsabilidade. A secretária deve ser
exclusiva da EBD, se possível, nunca sendo responsável pelas compras da EBD,
pois está em contato direto com os professores e não poderia gerir bem esta
situação (Compras devem ser direcionadas ao Superintendente para pesquisa de
preços e prazos).
DISCIPULADO DINÂMICO
INTRODUÇÃO
A classe
de novos convertidos na Escola Dominical é uma expressão ou extensão do amplo
ministério do Discipulado. O discipulado é um ministério pessoal, limitado e
flexível. É uma das formas mais rápidas de aumentar o número de batismos nas
águas (membresia nova) e aprofundar a qualidade de vida dos que são alcançados
por Cristo. Antes de conhecer as peculiaridades de sua classe e os métodos mais
adequados a serem adotados, o ensinador de novos convertidos precisa saber de
antemão o que significa ser discípulo. Quem não é discípulo não pode fazer
discípulos! A palavra “discípulo” mathetés, é usada 269 vezes nos Evangelhos e
em Atos dos Apóstolos. Significa pessoa “ensinada” ou “treinada”, aluno,
aprendiz. (Texto-base: Mt 28.19,20). Nos evangelhos, Jesus define a palavra
discípulo de cinco maneiras:
1)
Discípulo é um crente que está envolvido com a Palavra de Deus de maneira
contínua (Jo 8.31).
2)
Discípulo é aquele que ama sacrificialmente, sem medir esforços (Jo 13.35;
1Jo 3.16).
3)
Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutífera com Cristo
(Jo 15.8).
4)
Discípulo é aquele que assume a sua cruz e segue a Cristo (Lc14. 27).
5)
Discípulo é aquele que renuncia a tudo que tem em favor do Reino de DEUS (Lc
14.33).
I – O
PERFIL DOS ALUNOS
Quem são seus alunos? Naturalmente são novos convertidos. A diferença e a
ênfase estão justamente nisto: não são alunos comuns.
1 – SÃO
COMO CRIANÇAS RECÉM-NASCIDAS EM CRISTO QUE PRECISAM SER IDENTIFICADAS LOGO APÓS
O NASCIMENTO.
O pecador
se arrepende, o Espírito Santo o regenera (novo nascimento) = conversão. Devem
ser recepcionados imediatamente após a conversão e identificados, através da
“ficha de identificação e triagem”. Na triagem:
- Oferecer literatura;
- Orientar sobre os principais trabalhos da igreja;
- Orientar quanto à matrícula na EBD: O ideal é um orientador para cada faixa etária (crianças, adolescentes, juvenis e jovens e adultos).
Qual a finalidade
da identificação? Ter como localizá-los para posterior visita. Conhecer a
realidade dos seus alunos.
A – Sondagem: coleta de dados, conhecimento da
realidade, diagnóstico.
B – Estratégia de trabalho: (nome, endereço, data de
nascimento, data da decisão, origem religiosa, sua relação com a comunidade,
histórico familiar, nível sócio-econômico, cultura, necessidades pessoais,
limitações físicas; Perguntas do tipo: É a primeira vez que está se decidindo?
Está vindo de outra igreja? Qual? Quanto tempo esteve por lá?). Elaborar
programa de assistência social. Formar comissões de visitadores (que atendam às
peculiaridades dos decididos: Idade, sexo, formação, entre outras). “A salvação
é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos” (Billy Graham). Você
precisa conhecê-los realmente! Vamos fazer um teste? -- - Pense em três novos
convertidos de sua igreja.
1- Sabe o
nome deles?
2-
Lembra-se onde eles moram?
3- Sabe a
data do aniversário deles?
4- Sabe
como vão indo nos estudos ou no trabalho?
5- Mantém
boas relações com suas famílias?
6-
Conhece algum problema em particular, dos mesmos?
7- O que
poderia dizer sobre seu testemunho cristão?
8- Há
alguma coisa especial de que necessitam?
9- Quando
foi que aceitaram a Cristo?
2 – SÃO
PESSOAS ESPECIAIS QUE REQUEREM ATENÇÃO ESPECIAL.
A – São
totalmente dependentes espirituais.
Só
conseguem digerir os aspectos mais simples das verdades espirituais. “Com leite
vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tão pouco ainda agora
podeis” (1Co 3.1-3). Precisam ser alimentadas por outrem. Têm dificuldade em
falar (de explicarem a razão da fé).
B –
Falta-lhes um senso adequado de valores.
Agarram-se
a detalhes sem importância, em vez de aprenderem o que tem realmente valor.
(eles se escandalizam facilmente; apegam-se a rudimentos de doutrinas; podem
criar dogmas) O professor deve apresentar Cristo como Senhor e não apenas como
Salvador (Senhorio de Cristo Mt 16.24). Muitos querem as bênçãos do Salvador,
mas não o aceitam como Senhor. Precisamos aceitar o Senhorio de Cristo
(diferente da confissão positiva). O professor deve apresentar a real proposta
do Evangelho: Livrar o homem da perdição eterna (diferente do Evangelho da
prosperidade).
3 – SÃO
PESSOAS CARENTES QUE REQUEREM CUIDADOS ESPECIAIS.
A –
Alimentação adequada (leite racional).
Não
haverá crescimento espiritual independente da palavra de Deus. “Desejável
afetuosamente, como meninos novamente nascido o leite racional, não falsificado,
para que por ele vades crescendo” (1Pd 2.2).
Quando o
homem aceita a Cristo torna-se nova criatura, ou seja, nasce de novo. Não se
pode administrar a criança recém-nascida com alimentos sólidos, antes, o leito
materno. O novo convertido precisa conhecer as doutrinas básicas da salvação.
Portanto, inicialmente, deve afastar-se de assuntos complexos e especulativos.
A principio, a criança é alimentada pelos outros, mais tarde, começa a
alimentar-se por conta própria e finalmente, quando adulta, passa a alimentar
outros. Um dos alvos do fazedor de discípulos é ensinar o discípulo a
alimentar-se, de forma que ele possa, mais tarde alimentar também outros.
B – Meio
ambiente propício (Lar espiritual).
Não haverá crescimento espiritual fora do contexto da comunhão cristã. “Até que
todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do filho de Deus, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13). Observando as
palavras de Paulo em Efésios 4.13. “Até que todos cheguemos...” verificamos que
o meio ambiente propício ao crescimento espiritual é encontrado no contexto da
comunhão cristã (lar espiritual, família espiritual). Não é suficiente o
contato que o professor tem com o aluno durante a aula na Escola Bíblica
Dominical. O professor deve proporcionar um meio ambiente propício para um
inter-relacionamento com outros crentes onde se compartilham ideias, verdades
aprendidas na palavra, aspirações e onde haja compreensão e amor ágape (amor de
DEUS).
C –
Precisam de um referencial no novo grupo de convivência.
Geralmente
a primeira referência do novo convertido na igreja é o professor de sua classe
na Escola Bíblica Dominical.
II – O
PERFIL DO PROFESSOR.
Em linhas
gerais, o professor da classe de novos convertidos precisa ser um crente fiel,
espiritual e seguro conhecedor das doutrinas bíblicas, além de ter comprovada
capacidade para ensinar.
Conhecimentos
teológicos mínimos: Deus, Jesus Cristo, Espírito Santo, Trindade, homem,
pecado, salvação: (regeneração, redenção, expiação, propiciação, justificação,
santificação).
Formação
pedagógica se possível.
O melhor
professor para o Discipulado é o pastor (se possível), pois é uma classe que
precisa de ensinos básicos sobre doutrina, costumes e convivência cristã. O
pastor deve visitar e aconselhar esta classe podendo também marcar cultos e
reuniões em suas residências.
1 –
PRÉ-REQUISITOS GERAIS.
A –
Vocação autêntica.
A vocação
floresce no próprio cerne da personalidade. Significa a propensão fundamental
do espírito, sua inclinação geral predominante para um determinado tipo de vida
e de atividade, no qual encontrará plena satisfação e melhores possibilidades
de auto realização.
Sociabilidade.
A
educação e o ensino são fenômenos de interação psicológica e social;
temperamentos egocêntricos, fechados, incapazes de abrir e manter contatos
sociais são comuns. Certo calor e entusiasmo, não são talhados para a função do
magistério; esse exige comunicabilidade e dedicação a pessoa dos educandos e
aos seus problemas. Amor paedagogicus.
Simpatia
e interesse natural pelos alunos e desejo de auxiliá-los nos seus problemas e
anseios. Geralmente a escolha de um professor favorito se baseia num
relacionamento pessoal e não na capacidade para ensinar. Os alunos se lembram
dos professores que mostraram interesse especial e cuidaram deles antes de se
lembrarem daqueles que tinham bons dotes de oratória.
Apreço e
interesse pelos valores da inteligência e da cultura.
O
professor que realmente tem vocação para o magistério é naturalmente um
estudioso, um leitor assíduo, com sede de novos conhecimentos capaz de se
entusiasmar pelo progresso da ciência e da cultura que confirmem a Palavra de
DEUS.
B –
Aptidões específicas.
São
atributos e qualidades pessoais que exprimem certa disposição natural ou
potencial para um determinado tipo de atividade ou de trabalho. (Saúde,
equilíbrio mental e emocional, órgãos de fonação, visão e audição em boas
condições; boa voz: firme, agradável, convincente; linguagem fluente, clara,
simples e sã; autoconfiança e presença de espírito; naturalidade e desembaraço;
firmeza e desembaraço; imaginação, iniciativa e liderança; habilidade de
criação; boas relações humanas).
C –
Preparo especializado.
O
conhecimento amplo e sistemático da matéria ou da respectiva área de estudo é
condição essencial e indispensável para a eficiência do magistério cristão.
2 –
PRÉ-REQUISITOS ESPECÍFICOS.
A – Ser
chamado por Deus para o ministério do ensino (Ef 4.11,12).
Os
professores da EBD são frequentemente escolhidos pelos líderes e não
vocacionados por Deus. Os vocacionados têm esmero (dedicação): “... Se é
ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7b) esmero significa integralidade de
tempo no ministério – estar com a mente, o coração e a vida nesse ministério.
Ser professor é diferente de ocupar o cargo de professor.
B – Ter
um relacionamento vital e real com Cristo.
O que
representa esse relacionamento? Cristo é seu salvador pessoal; salvou-o de todo
o pecado e é também Senhor e dono da sua vida.
C –
Esforçar-se em seguir o exemplo de Jesus.
Jesus é o
maior pedagogo de todos os tempos; usou todos os métodos didáticos disponíveis
para ensinar.
D –
Reconhecer a importância da sua tarefa e encará-la com seriedade.
Qual
importância? Quando um investimento espiritual é feito em outra vida, você
participa de toda a glória das recompensas espirituais que serão colhidas
através da vida, para sempre. O apóstolo Paulo disse em sua carta aos
Tessalonicenses: “vós sois a nossa glória e nosso gozo” (1 Ts 2.20). Por que
seriedade? Por causa do juízo: “... Meus irmãos, muitos de vós não sejam
mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1).
E –
Lealdade.
No apoio
ao pastor; na assistência aos cultos; na participação e no sustento financeiro.
F –
Disposição de aprender.
O homem é
um ser educável e nunca acaba de aprender. Aprendemos com os livros; com nossos
alunos; aprendemos enquanto ensinamos. “Não há melhor maneira de aprender do
que tentar ensinar outras pessoas”. Quando não se sabe uma resposta, é melhor
ser honesto e dizer que não sabe.
G – Saber
planejar suas aulas.
Ter
objetivos claros e definidos em cada etapa do ensino. O que pretendo alcançar
(Objetivos) – Como alcançar (Métodos e recursos) – em quanto tempo (Cronograma)
– O que fazer e como fazer (Procedimentos de ensino) – Como avaliar o que foi
alcançado (Avaliação).
H –
Entender o processo de aprendizagem.
Até o séc
XVI, aprender era memorizar. Séc XVII, fórmula de “Comenius”: compreensão,
memorização, aplicação. Hoje, a aprendizagem é um processo: lento, gradual e
complexo – aprender é modificar o comportamento.
I –
Conhecer variados métodos de ensino. (ver 3 pontos do seminário).
J –
Ensinar com motivação.
O
professor não motiva, incentiva. Deve saber e dominar o que vai ensinar.
Conhecer bem a Palavra, o currículo e a lição daquele dia. Este conhecimento
deve fazer parte de sua experiência.
L –
Despertar o aluno para a salvação e o crescimento espiritual.
“Ele está
se tornando semelhante a Cristo?”.
M – Viver
o que ensina.
N – Ser
crente integrado a sua igreja: presença nos cultos e atividades da igreja;
dizimista; manter-se distante dos ventos de doutrinas; ser eticamente
correto.
III – O
MÉTODO DE ENSINO
1 – O
ENSINO DEVE, EM PRIMEIRO LUGAR, OBJETIVAR UM PLANO DE CULTIVO DE RESULTADOS, OU
SEJA, A INTEGRAÇÃO DOS NOVOS CRENTES.
A – Levar
o novo convertido a alcançar a certeza de salvação.
Três
passos para levar o novo convertido à certeza da salvação: Levar o convertido a
confiar no caráter de Deus – Deus não pode mentir (Tt 1.2).O caráter de Deus é
o fundamento para que a pessoa alcance a certeza de vida eterna.
Levar o
convertido a compreender com clareza as promessas de salvação feitas por Deus
(Jo 5.24; Ap 3.20).
Levar o
convertido a compreender claramente as condições estabelecidas por Deus para
que alguém seja salvo. O pecador precisa se arrepender (Is 55.7). O pecador
precisa confessar seus pecados (1Jo 1.9). O pecador precisa crer em Jesus (Jo
5.24). O pecador precisa invocar o nome do Senhor (Rm. 10.13).
B –
Doutrinar o novo crente para que seja batizado conscientemente.
Necessidade
do batismo em águas – Valor e significado – Forma bíblica do batismo (imersão)
– Ceia, finalidade – Para quem foi instituída a ceia – Igreja (origem,
natureza, missão e destino).
C –
Doutrinar o novo batizado para que adquira firmeza doutrinária e se integre na
comunhão da igreja.
O Crente
e sua nova natureza – Comportamento do cristão – Vida devocional – Mordomia
cristã – Testemunho.
2 – O
ENSINO DEVE ATENDER ÀS DIFICULDADES DE COMPREENSÃO PECULIAR AO NOVO CONVERTIDO.
A –
Linguagem.
A
linguagem deve ser compreensível tanto ao professor quanto ao aluno. O novo
convertido não está familiarizado com a linguagem evangélica.
B –
Comunicação.
Quais são
os principais problemas de comunicação entre professores e alunos? O método é definido
através de padrões de comunicação: unilateral, bilateral e multilateral:
·
O professor está mais preocupado em expor a matéria (transmitir
conhecimento).
·
O professor utiliza conceitos ou termos que ainda não existem na
experiência dos alunos novos convertidos.
·
O professor não se preocupa em aumentar o vocabulário de seus alunos.
·
O professor coloca tantas ideias em cada exposição que somente algumas
delas são compreendidas e retidas. Alguns professores falam rápido demais ou
articulam mal as palavras. Outros, em voz baixa e tom monótono.
·
O professor não utiliza meios visuais para comunicar conceitos ou
relações que exigem apresentação gráfica.
·
O professor tem suas ideias tão mal ou perfeitamente organizadas, que
não há lugar para a imaginação criativa dos alunos.
C –
Cultura Bíblica.
O
conhecimento que possuem a respeito de Deus geralmente é alheio às Escrituras.
Não compreendem a história, a geografia, os costumes dos personagens bíblicos e
sua aplicação para os nossos dias.
D – Temas
teológicos e doutrinários da Bíblia.
O novo
convertido não está habituado a expressões como: Regeneração, Justificação,
Redenção, Expiação, Arrebatamento da igreja, milênio, Escatologia, entre
outras.
E –
Noções de tempo, espaço circunstância no plano bíblico.
Neste
aspecto quais providências o professor deve tomar em relação a ministração do
conteúdo da matéria?
3 – O
ENSINO DEVE SER PLANEJADO E NÃO IMPROVISADO. O PROFESSOR DEVE PREPARAR-SE
PROFUNDAMENTE PARA A AULA (2TM 2.15)
A – Através
da oração. A oração é o segredo do poder no ensino (Mc 1.35; Lc 5.16).
B – Com
propósito pré-estabelecido. O professor deve estabelecer os objetivos da lição.
C –
Através de estudo diário. O professor deve preparar suas lições com
antecedência, ou seja, diariamente, do início ao termino da semana.
D –
Material de estudo mínimo necessário. Bíblia – Se possível, todas as legítimas
versões em Português. Dicionário Bíblico, Gramática da língua portuguesa,
Concordância Bíblica, Chave Bíblica (Resumo dos livros), Manuais de doutrina,
Comentários, Atlas bíblico, Didática aplicada, Apontamentos individuais.
CONCLUSAO
O discipulado propicia a igreja
local, maduros líderes centralizados em Cristo e orientados pela Palavra. Nem
todo discipulador é professor da classe de novos convertidos, mas todo
professor de novos convertidos deve ser um discipulador em potencial.
O ENSINO RELEVANTE PARA ADOLESCENTES
PARTE I
O ADOLESCENTE
INTRODUCAO
A
adolescência é uma fase muito importante na vida de uma pessoa. É um período
que não pode ser considerado uma mera transição entre a infância e a fase
adulta. É uma etapa onde ocorrem as mais diversas transformações a nível
físico, intelectual, emocional e social. A adolescência é um processo dinâmico
de metamorfose que transforma o ser criança em um ser adulto.
I –
DEFINIÇÃO DE ADOLESCÊNCIA.
A
adolescência é um período da vida que se estende entre a fase da infância e a
fase adulta. Ela é um processo dinâmico e não um estado. É um estágio onde
acontece um período radical de transição que deve ser vivido com naturalidade e
intensidade pelo adolescente e um tempo especial onde os adultos precisam
compreendê-lo em suas inquietações.
A adolescência é considerada um fenômeno de caráter psicológico e social com
diferentes particularidades que variam de acordo com o contexto no qual o
adolescente está inserido.
A palavra adolescência deriva do latim ad (a, para) e olescer (Crescer),
caracterizando, portanto, o processo dinâmico que o individuo apresenta na sua
aptidão de crescer.
II –
CRISES NA ADOLESCÊNCIA
1– CRISE
DE IDENTIDADE
A identidade é a consciência que a pessoa tem de si mesma como alguém que
integra o mundo real existente.
A crise de identidade está centrada na necessidade que o adolescente tem de ser
ele mesmo na procura de uma definição de seu self (o self é tudo aquilo que
sabemos, sentimos, vivenciamos como parte de nós mesmos. É tudo aquilo que nos
conforma e compõe. É o objeto central do ego), para assim romper com sua
infância e conseguir se firmar como pessoa.
A crise de identidade é tida como ponto central na adolescência.
2 – CRISE
DE AUTORIDADE
A crise
de autoridade, na adolescência, é algo bastante forte e se caracteriza pelo
confronto.Há uma atitude de rebeldia e muitas vezes até de desrespeito para com
o adulto, especialmente para com os pais e outras pessoas que têm autoridade ou
exercem determinada função.
3 – CRISE
SOCIAL
É considerada a crise mais complexa da adolescência. Há, nesta fase, uma
reelaboração total do mundo sexual que transforma a estrutura infantil em uma
estrutura adulta.
A crise sexual se instala a partir das transformações do corpo, o que exige uma
adaptação à nova realidade.
O adolescente precisa aceitar o seu novo corpo e viver em paz com ele para
alcançar um bom nível de relações com os outros.
II –
DIFICULDADES NO CONVÍVIO COM ADOLESCENTES.
Vimos até aqui a complexidade pela qual passa o adolescente em seu estado de
metamorfose. Listaremos alguns aspectos que, se não observado irão dificultar
nossas relações para com eles neste período de total transformação pelo qual
passam.
1 – NÃO
COMPREENDÊ-LOS.
Ser compreensivo significa entender e captar os sentimentos do adolescente; é
confiar em sua capacidade para ir adiante, é respeitar sua liberdade, respeitar
sua intimidade, não julgá-lo, aceitá-lo como ele é, aceitá-lo tal como ele quer
chegar a ser, é ver o outro como sujeito.
O adolescente precisa ser compreendido e aceito em sua maneira de ser e agir.
Ele necessita de um ambiente acolhedor que o proteja e lhe mostre o caminho a
ser seguido. Adulto é para o adolescente um refúgio necessário, mas ao mesmo
tempo, alvo de agressão e destruição. É uma tarefa árdua, mas bela e
gratificante, ser este adulto racional e maduro para um adolescente que está à
procura de parâmetros que sirvam de modelo para sua afirmação como pessoa.
2 – FALTA
DE EMPATIA
No
relacionamento humano é fundamental que se busque a compreensão do que a pessoa
está dizendo e sentindo. É o que se chama de empatia. É sentir o que o outro
sente; é ouvir a sua história como se fosse a minha. É a capacidade de dar-se conta
das emoções e das mudanças internas da pessoa como a qual nos relacionamos. É
colocar-se no lugar da pessoa.
Ao nos comunicarmos com o adolescente ou mesmo com outra pessoa qualquer, é
certo que recebemos aquilo que estamos a lhe oferecer. Se nosso sentimento for
de indiferença e apatia, é natural recebermos algo semelhante em troca.
A empatia
requer a aceitação incondicional do outro: isso quer dizer que o aceito como
ele é procurando aceitar todos os aspectos de sua pessoa: seus gestos, sua
forma de falar, sua maneira de enfocar a vida, sua inteligência, seu corpo e
seus atos. Isso faz com que eu não procure manipulá-lo, mudá-lo e favorece o
outro a se expressar livremente e com confiança.
3 – NÃO
SENDO UMA PRESENÇA REAL.
O adolescente percebe quando somos uma presença irreal, apenas de corpo ou se
estamos totalmente com ele, sendo uma presença de corpo, “alma” e mente. O
doar-se fará bem ao adolescente, mas talvez o grande beneficiado seja o adulto
que irá desfrutar de um convívio mais salutar e terá do adolescente o que ele
tem de melhor: a sinceridade e o amor à vida.
4 – NÃO
ENTENDENDO SEUS SENTIMENTOS.
Assim como o adulto, o adolescente tem o direito de vivenciar e expressar o seu
sentimento em relação ao mundo e às pessoas. É importante que o respeitemos,
assim como ele é e assim como se expressa. O adolescente tem o direito de
pensar, sentir e agir conforme seu coração, desde que isto não violente as
formas de convivência e nem a doutrina da Igreja.
5 –
QUERER CONVENCER O ADOLESCENTE A PARTIR DO SEU PRESSUPOSTO.
Em nosso relacionamento com o adolescente, é fundamental que ele perceba que
nos encontramos abertos para ouvi-lo e não para lhe impor nossas verdades.
Estamos juntos para que haja uma troca de experiência e conhecimentos que
enriquecerão nossas relações. Em uma relação nada pode ser imposto. Pode haver
um compartilhar de ideias quer permitirão uma troca mutua. O adolescente
perceberá que seus pressupostos têm valor, e que não apenas os do adulto o têm.
6 – NÃO
SENDO COERENTE.
A coerência é imprescindível em toda e qualquer relação. Ser coerente é ter a
coragem de ser o que se é, sem disfarces. O adolescente é especialista em
perceber se somos coerentes com aquilo que falamos e fazemos. O não ser
coerente nos tira a credibilidade para termos uma relação próxima com o
adolescente.
7 – NÃO
ESCUTANDO O ADOLESCENTE.
Escutar é diferente de ouvir. Nós ouvimos sons, ruídos ou palavras. Nós os
ouvimos ainda sem querer quando alguém ou algo os emite. O escutar supõe uma
disposição: é preciso querer escutar. Nós ouvimos sem querer, no entanto, para
escutar é preciso querer fazê-lo.
O adolescente, no contato conosco, deve perceber que nós o estamos ouvindo de
corpo inteiro e isto implica, conforme Luiz Antonio Ryzewski, em 3 habilidades,
chamadas de A.C. A, que descreveremos a seguir.
a)
“A” de atender.
Atender é
estar ligado, atento, conectado. É receber a informação e nos certificar que
estamos recebendo exatamente aquilo que o adolescente nos quer transmitir. É
perceber também o sentido oculto das palavras, gestos e ações.
b)
“C” de compreender.
É o
momento da interpretação do significado da mensagem expressa pelo adolescente.
Nem sempre uma determinada palavra tem o mesmo significado para todas as
pessoas. Deve ficar claro o que isto significa na linguagem usada pelo
adolescente. A compreensão correta se dá se nos colocarmos no seu lugar.
c)
“A” de avaliar.
É quando
refletimos sobre o que nos foi informado e a partir da avaliação vamos definir
nossa reação frente a uma determinada situação. Devemos avaliar, não a partir
dos nossos preconceitos, mas a partir do adolescente. Isto não significa
concordar sempre com ele, mas respeitar sua opinião, dando a nossa, colocando
argumentos prós e contras.
III –
NECESSIDADES BÁSICAS DO ADOLESCENTE.
- Compreensão;
- Aceitação;
- Liberdade;
- Reconhecimento;
- Mensagem de afeto;
- Amor.
PARTE II
O PROFESSOR
I - O
PROFESSOR IDEAL
“Se é
ensinar, haja dedicação ao ensino Rm 12.7”.
O professor ideal é aquele que inspira seus alunos a adquirirem conhecimento
bíblico. O professor deve também promover modificações na vida dos alunos,
através do ensino.
Para o ensino ser eficiente, é indispensável que o líder dos adolescentes saiba
o que deve ensinar, como utilizar os meios pelos quais os alunos podem aprender
e para que os adolescentes vão aprender.
II –
RESPONSABILIDADES DO PROFESSOR.
- Manter longa e freqüente comunhão com o Mestre JESUS;
- Estudar bem a lição bíblica;
- Conhecer seus alunos;
- Estabelecer propósitos definidos no seu ensino;
- Contactar com os alunos fora de classe;
- Aplicar métodos e técnicas educacionais;
- Acreditar no seu ensino;
- Ter experiência dentro do que ensina e pregar;
- Viver o que ensina.
III –
QUALIFICAÇÕES DO PROFESSOR.
- Preparo espiritual;
- Preparo pedagógico;
- Aparência;
- Capacidade de expressão;
- Cortesia, senso de humor;
- Otimismo;
- Simpatia;
- Auto-direção;
- Criatividade.
IV –
CARACTERÍSTICAS DO PROFESSOR.
- Servo (Ef 6.6)
- Sacerdote (Ap 1.6)
- Mensageiro (At 4.2)
O ENSINO RELEVANTE PARA JUVENIS
INTRODUÇÃO
Se o aluno não aprendeu, não se pode dizer com convicção que o professor ensinou. Esta declaração nos leva a refletir sobre a responsabilidade do professor na compreensão do que é o ensino relevante.
A primeira das sete Leis Naturais do Ensino, a lei do professor, determina: "O professor precisa conhecer aquilo que vai ensinar". De fato ele precisa conhecer não somente O QUÊ vai ensinar, mas A QUEM vai ensinar e COMO ensinar. O ensino relevante para juvenis pressupõe três áreas de conhecimento por parte do professor: a do conhecimento da Bíblia, do próprio adolescente e dos princípios de didática.
I - O CONHECIMENTO BÍBLICO
O conteúdo do ensino cristão para juvenis e para todos é a mensagem poderosa da Palavra de Deus. Os efeitos positivos resultantes do contato com ela dão-nos algumas razões para estudá-la.
1. RAZÕES PARA O ESTUDO SISTEMÁTICO DA BÍBLIA
a. Proporciona crescimento espiritual - (1 Pe 2.2,3)
b. Guia-nos a toda verdade - (Sl 119.105, 130)
c. Guarda-nos do pecado - (Sl 119.11; Jô 15.3)
d. Instiga-nos para a maturidade espiritual - (2 Tm 3.16,17)
O professor deve encarar o ensino bíblico como instrumento de mudança. Na própria vida, e depois na vida do aluno. Mudança não forçada, mas resultado, sim, do despertamento do aluno, de sua motivação, de seu interesse em aprender. Se você, professor, deseja que os adolescentes a quem você ensina, manifestem em suas vidas o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22,23) seja o exemplo. Se quiser que seus alunos se voltem para a Bíblia, você deve estar sempre compenetrado na Palavra.
O ensino relevante é aquele que alcança os alunos, objeto de sua contemplação, inspirando-os a adquirirem conhecimento bíblico sim, porém, além disso, produzindo, também, modificações em suas vidas. Para o alcance dessa meta aquele que ensina precisa dessa visão.
2. RECOMENDAÇÕES AO QUE ENSINA
a) O lema de todo professor (2 Tm 2.15)
b. Formando um reservatório
c. Estudante diligente (Rm 12.7)
d. O poder do Espírito Santo (At 1.8)
II - O CONHECIMENTO DO ADOLESCENTE
A eficácia do trabalho do professor depende dele começar por onde o aluno se encontra ou considerando quem o aluno é.
A adolescência é uma fase da vida que se apresenta como um grande desafio aos professores, principalmente aos professores cristãos. A palavra adolescente que significa "crescimento" (do latim "adolescere", crescer) mostra aos professores que seu "alvo" está em constante movimento e que, por isso, necessita de uma excelente "pontaria" para que o atinja. Isto exige treinamento, uma boa visão, muito amor pelo trabalho e reforço especial de poder do Espírito Santo.
O ser humano tem gostos e inclinações diferenciados, conforme sua faixa de idade. O professor deve considerar estas diferenças ao determinar o quê e como ensinar. A adolescência precisa ser compreendida para que as aulas sejam orientadas de acordo com suas peculiaridades.
Tendo o ensino cristão como essência a modificação do viver, o conhecimento da categoria dos alunos a quem se ensina, bem como a situação atual de suas vidas é essencial para que se obtenha sucesso nessa modificação para melhor. O professor de juvenis precisa, então, conhecer quem são os seus alunos adolescentes.
1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
a. Época de maturações
b. Término de fase desajeitada
c. Grande atividade X muito sono
d. Como o professor deve agir
2. CARACTERÍSTICAS MENTAIS
a. Raciocínio inquiridor
b. Senso de independência
c. Questionamento das ideias dos adultos
d. Como o professor deve agir
3. CARACTERÍSTICAS SOCIAIS
a. Impulsos de independência
b. Atrações pelo sexo oposto
c. Problemas com namoro
d. Insubordinação
e. Formação dos grupos congênitos
f. Forte desejo de aprovação social
g. Como o professor deve agir
4. CARACTERÍSTICAS EMOCIONAIS
a. Surgimento do romantismo
b. Fase de muito devaneio
c. Instabilidade emocional
d. Busca de afirmação
e. Como o professor deve agir
5. CARACTERÍSTICAS ESPIRITUAIS
a. Dúvidas e questionamentos intensos
b. Busca da compreensão racional dos fatos
c. A cosmovisão é ampliada
d. Vencido o conflito, grande capacidade de intensa vida cristã
e. Como o professor deve agir
6. SUAS NECESSIDADES
a. De conhecimento;
b. De novas experiências;
c. De comunicação e amizade;
d. De maior segurança;
e. De comunicação pessoal;
f. De orientação inteligente;
g. De uma pessoa modelo.
III - O CONHECIMENTO DE PRINCÍPIOS DIDÁTICOS
A importância do conhecimento da didática pelo professor da Escola Bíblica Dominical deve ser ressaltada pelo fato de muitos deles não possuírem formação pedagógica. Detém o conhecimento bíblico tão necessário, mas mostram ineficácia na multiplicação desses conhecimentos aos seus alunos.
Didática é a "arte de ensinar". É a "técnica de dirigir e orientar a aprendizagem" Ela é uma das quatro disciplinas que fazem parte da classe de disciplinas técnicas da Pedagogia que é a ciência e a arte de educar.
1. PRINCIPAIS ELEMENTOS DA DIDÁTICA
a. O professor e o aluno
b. Os objetivos e os conteúdos
c. Os métodos e os recursos
d. A avaliação
2. COISAS QUE O PROFESSOR JUVENIL EFICIENTE FAZ
a. Estuda a lição
b. Planeja a aula
c. Ensina com objetivos
d. Explora métodos diversificados
e. Explora recursos didáticos
f. Busca conhecer técnicas de trabalhos em grupo
3. AS SETE LEIS DO ENSINO APLICADAS AOS JUVENIS
a. A lei do professor
b. A lei do aluno
c. A lei da linguagem
d. A lei da lição
e. A lei do processo de ensino
f. A lei do processo da aprendizagem
g. A lei da recapitulação
4. QUEM O PROFESSOR DE ADOLESCENTES DEVE SER
a. Um apreciador do adolescente
b. Um grande interessado na vida do adolescente
c. Um exemplo para o adolescente
d. Uma pessoa preparada para ensinar
e. Uma pessoa consagrada
f. Um ardoroso evangelista
g. Um verdadeiro discipulador
h. Um contribuinte estimulador
5. OS OBJETIVOS DA LIÇÃO
O ensino começa com o conteúdo, mas requer do professor o estabelecimento de objetivos. Ele deve determinar o que espera alcançar com a aula que está ministrando, o que espera que seus alunos aprendam e o que eles saberão, sentirão e farão com o quê lhes for ensinado.
a) PORQUE TRABALHAR COM OBJETIVOS
·
Motivam o
aluno a aprender
·
Esclarecem
os desempenhos esperados
·
Orientam
a seleção e organização dos conteúdos
·
Orientam
a seleção e a organização dos conteúdos
·
Orientam
a seleção e organização dos métodos e recursos
·
Ajudam a
avaliação do professor e aluno.
b)
CLASSIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS
·
De
conhecimento
·
De
sentimento
·
De ação
c) COMO DETERMINAR OS OBJETIVOS DA LIÇÃO
·
Estudando
minuciosamente o texto da lição
·
Verificando
as necessidades de seus alunos
6.
MÉTODOS DE ENSINO
Método é o caminho pelo qual se atinge um objetivo. O de preleção sozinho é o pior método não só para os adolescentes. Para eles qualquer método sozinho, e sempre é o pior. São muitos os métodos, mas nenhum deles é, em si mesmo, eficiente ou deficiente.
Método é o caminho pelo qual se atinge um objetivo. O de preleção sozinho é o pior método não só para os adolescentes. Para eles qualquer método sozinho, e sempre é o pior. São muitos os métodos, mas nenhum deles é, em si mesmo, eficiente ou deficiente.
a) Sua Utilização e eficácia dependem:
- Dos propósitos do professor
- Da habilidade do professor
- Da habilidade dos alunos
- Do tamanho do grupo
- Do tempo disponível
- Dos equipamentos necessários
- Da instalação da classe
b)
Exemplos de métodos para a classe de adolescentes:
- Equipes de observadores
- Perguntas e respostas
- Discussão em grupo
- Discussão em painel
- Dramatização
- Debate orientado
- Audiovisual
- Narração dosada
- Preleção dosada
- Tarefas ou pesquisas
c) Outros
Métodos para reunião extraclasse:
- Explosão de ideias
- Equipe de observadores
- Simpósio
- Estudo de um caso
- Discussão formal
d) O
Exemplo de Jesus:
- Perguntas e respostas (Mt 22.42-45)
- Preleção com ilustrações (Mt 5.13-15)
- Discussão (Lc 24.15,27, 32)
- Audiovisual (Mt 6.22,28; Jô 15.5)
- Narração (Mt 17.24-27)
7. OS
RECURSOS AUDIOVISUAIS
São meios acessórios de ensino que por sua natureza envolvem maior número de sentidos, com isso ampliando o grau da aprendizagem. Como os métodos, não são, em si mesmos, nem eficazes nem ineficazes. Dependem do propósito e habilidades do professor, do tempo disponível, dos equipamentos, do custo, etc.
São meios acessórios de ensino que por sua natureza envolvem maior número de sentidos, com isso ampliando o grau da aprendizagem. Como os métodos, não são, em si mesmos, nem eficazes nem ineficazes. Dependem do propósito e habilidades do professor, do tempo disponível, dos equipamentos, do custo, etc.
a) ALGUMAS VANTAGENS DE SUA UTILIZAÇÃO.
- Atrai a atenção
- Domina a atenção
- Aumenta a retenção
- Torna a aprendizagem mais rápida
- Prepara o ambiente
- Motiva o aluno
- Incentiva à criatividade
b) ALGUNS
TIPOS DE RECURSOS AUDIOVISUAIS
- Cartazes de pregas, de tiras, de dobras, etc
- Papelógrafo
- Quadro branco
- Filmes com os acessórios necessários
- Toca CDs
- Projetor multimídia
- Mapas
- Projetor de "slide"
- Reálias
- Flanelógrafo
c)
CUIDADOS A OBSERVAR
- Não transformá-los em "estrelas".
- São "meios" e não "um fim".
- A lição espiritual tem primazia
8 - O
PLANO DE AULA
É uma espécie de roteiro com a finalidade de orientar o professor na classe rumo aos objetivos educacionais. Mesmo que o professor já conheça a lição deve lembrar-se que a aula é outra e que as necessidades dos alunos são diferentes.
É uma espécie de roteiro com a finalidade de orientar o professor na classe rumo aos objetivos educacionais. Mesmo que o professor já conheça a lição deve lembrar-se que a aula é outra e que as necessidades dos alunos são diferentes.
a) COMPONENTES DE UM PLANO DE AULA.
- Identificação da Igreja
- Identificação da classe e do professor
- Tema do trimestre
- Objetivos
- Conteúdo
- Desenvolvimento Metodológico
- Recursos
- Avaliação
b)
RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR
- Procure espaço privativo
- Ministre em locais diferentes
- Crie oportunidades práticas
- Faça combinação dos métodos
- Utilize ilustrações
- Pratique dinâmicas de grupo
- Delegue responsabilidades
- Programe consagração
- Desenvolva a sociabilidades
- Verifique a lição dos alunos
- Relacione a lição à vida
- Desperte interesse pela próxima lição
- Examine criticamente seu plano
9 - A
AVALIAÇÃO
É o meio pelo qual o professor determina a eficácia do seu trabalho no processo de ensino e aprendizagem. A avaliação deve ser sempre dupla: a do próprio professor e a do aluno.
É o meio pelo qual o professor determina a eficácia do seu trabalho no processo de ensino e aprendizagem. A avaliação deve ser sempre dupla: a do próprio professor e a do aluno.
a) AVALIANDO O PROGRESSO DO ALUNO.
·
Relacionamentos
· Crescimento espiritual
· Participação
· Conhecimento Bíblico
·
Comportamento
b) AVALIANDO O ESFORÇO PRÓPRIO
·
Inovação
da aula
· Revisão semanal
· Registro de análise
·
Ajuda do
aluno
CONCLUSÃO
Deus nos colocou em contato com os adolescentes para exercer a mais excelente das artes: ensinar. Ensinar pessoas que estão num estágio da vida cuja característica principal é a transformação. E esta é a melhor época para ganhá-los para Cristo e desenvolvermos neles um caráter cristão. Alguns estudiosos do assunto têm declarado que a maioria de conversões ocorre antes dos 17 anos. Depois disso a possibilidade de que isso venha a ocorrer é de uma em nove. Aproveitemos a oportunidade que o Senhor, nosso Deus, nos está dando, fazendo melhor nosso trabalho.
BIBLIOGRAFIA
GANGEL, Kenneth O & HENDRICKS, Howard G. Manual de Ensino. Tradução de Luís Aron de Macedo, CPAD, Rio de Janeiro, 1999.
AYRES, Antônio Tadeu. Como Tornar o Ensino Eficaz. CPAD, Rio de Janeiro, 1994
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical, 16a. Edição, CPAD, Rio de Janeiro, 1996
LAMBDIN, Ina S. A Arte de Ensinar Adolescente. Tradução Carrie L. Gonçalves, 4a.Edição, JUERP, Rio de Janeiro, 1986
BURKHALTER, Frank E. Como Ganhar os Adolescentes. Tradução Lauro Bretones, 3a. Edição, JUERP, Rio de Janeiro, 1984
FORD, Leroy. O Ensino Dinâmico e Criativo. JUERP, Rio de Janeiro, 1985
MARTIN, Willian. Primeiros Passos para Professores, Editora Vida, 1987
GREGORY, Jonh Milton. As Sete Leis do Ensino, Tradução Rev. Waldemar W. Wey, JUERP, Rio de Janeiro, 1977
HOWSE, W. L. Orientando Jovens no Estudo Bíblico. Editora JUERP, Rio de Janeiro, 1979
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda . Dicionário da Língua Portuguesa, 3a. Edição, Editora Nova Fronteira, São Paulo, 1999
Deus nos colocou em contato com os adolescentes para exercer a mais excelente das artes: ensinar. Ensinar pessoas que estão num estágio da vida cuja característica principal é a transformação. E esta é a melhor época para ganhá-los para Cristo e desenvolvermos neles um caráter cristão. Alguns estudiosos do assunto têm declarado que a maioria de conversões ocorre antes dos 17 anos. Depois disso a possibilidade de que isso venha a ocorrer é de uma em nove. Aproveitemos a oportunidade que o Senhor, nosso Deus, nos está dando, fazendo melhor nosso trabalho.
BIBLIOGRAFIA
GANGEL, Kenneth O & HENDRICKS, Howard G. Manual de Ensino. Tradução de Luís Aron de Macedo, CPAD, Rio de Janeiro, 1999.
AYRES, Antônio Tadeu. Como Tornar o Ensino Eficaz. CPAD, Rio de Janeiro, 1994
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical, 16a. Edição, CPAD, Rio de Janeiro, 1996
LAMBDIN, Ina S. A Arte de Ensinar Adolescente. Tradução Carrie L. Gonçalves, 4a.Edição, JUERP, Rio de Janeiro, 1986
BURKHALTER, Frank E. Como Ganhar os Adolescentes. Tradução Lauro Bretones, 3a. Edição, JUERP, Rio de Janeiro, 1984
FORD, Leroy. O Ensino Dinâmico e Criativo. JUERP, Rio de Janeiro, 1985
MARTIN, Willian. Primeiros Passos para Professores, Editora Vida, 1987
GREGORY, Jonh Milton. As Sete Leis do Ensino, Tradução Rev. Waldemar W. Wey, JUERP, Rio de Janeiro, 1977
HOWSE, W. L. Orientando Jovens no Estudo Bíblico. Editora JUERP, Rio de Janeiro, 1979
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda . Dicionário da Língua Portuguesa, 3a. Edição, Editora Nova Fronteira, São Paulo, 1999
Auto-Avaliação para Professores de Escola Bíblica
De
acordo com sua atuação, responda SIM ou NÃO às perguntas formuladas.
|
SIM
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NÃO
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Você
incentiva e orienta seus alunos para que convidem amigos que não conhecem
Jesus para participar da Escola Dominical?
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Você
recepciona seus alunos com entusiasmo e alegria?
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Você
identifica, nas aulas, a presença de visitantes que não conhecem Jesus e o
apresenta a eles de forma carinhosa e amável?
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Você
consegue perceber a aplicação das verdades bíblicas pelos alunos e os desafia
à mudança de comportamento?
|
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Você orienta
seus alunos quanto aos trabalhos desenvolvidos pela igreja e os incentiva a
participar dos mesmos?
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Você
mantém uma disciplina diária de oração pelos alunos da Escola Dominical?
|
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Você
cumpre os horários da Escola Dominical, chegando sempre quinze minutos antes
do início das aulas para recepcionar seus alunos?
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Você
faz um Plano de Aula a fim de garantir um programa de ensino bem organizado e
orientado?
|
|
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Você
tem domínio sobre a sala de aula e mantêm um clima agradável, sem conversas paralelas?
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Você
conhece seus alunos pessoalmente, sabe seus nomes e algo sobre suas vidas?
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Você
sempre tem em mãos a lista dr seus alunos com endereço, telefone e nome dos
pais ou responsáveis?
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Você
entra em contato com os pais ou responsáveis quando o aluno falta a duas
aulas consecutivas?
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Você
planeja sua aula, colhendo o maior número de informações sobre a lição?
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Você
trabalha em sintonia com os demais professores e responsáveis pela Escola
Dominical, dando apoio aos mais novos?
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Você
mantêm uma disciplina diária de oração e de estudo da Palavra de Deus?
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Você
sempre tem um testemunho de algo que o Senhor realizou em sua vida e
compartilha com seus alunos?
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Você
planeja sempre algo novo para as aulas e procura utilizar recursos didáticos
variados?
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Você
faz, ao chegar em casa, uma avaliação do que foi realizado, tentando
identificar, inclusive, falhas ou pontos fracos, para melhorá-los?
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Você
fica feliz ao receber sugestões ou orientações para melhorar seu desempenho
em sala de aula?
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Você
planeja e prepara trabalhos para seus alunos, para distribuir no fim das
aulas?
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