Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
1º Trimestre de
2013
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de
poder para toda a Igreja
Comentarista: José Gonçalves
Lição 6: A viúva de Sarepta
Data: 10 de Fevereiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Em verdade
vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu
se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve
grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a
uma mulher viúva” (Lc 4.25,26
VERDADE PRÁTICA
Para socorrer e
sustentar os seus filhos, Deus usa os meios mais inesperados.
HINOS SUGERIDOS
28, 126, 245.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 17.4
Provisão em Querite
Terça - 1 Rs 17.12
Escassez em Sarepta
Quarta - 1 Rs 17.13
Deus em primeiro lugar
Quinta - 1 Rs 17.14
A suficiência divina
Sexta - 1 Rs 17.19
O poder da oração intercessória de
Elias
Sábado - 1 Rs 17.21
O poder da oração perseverante
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
1 Reis 17.8-16.
8 - Então, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:
9 - Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que
eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
10 - Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à porta da
cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e
lhe disse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba.
11 - E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me, agora,
também um bocado de pão na tua mão.
12 - Porém ela disse: Vive o SENHOR, teu Deus, que nem um bolo tenho,
senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa
botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o
meu filho, para que o comamos e morramos.
13 - E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua palavra;
porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora;
depois, farás para ti e para teu filho.
14 - Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não
se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR dê
chuva sobre a terra.
15 - E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e
ele, e a sua casa muitos dias.
16 - Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não
faltou, conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Elias.
INTERAÇÃO
Professor, hoje estudaremos a respeito do cuidado e da provisão divina
para com o profeta Elias. No decorrer da lição, procure enfatizar o cuidado
de Deus para com aqueles que se dispõe a fazer sua vontade. O Senhor não
mudou, como um pai amoroso Ele continua a cuidar de seus filhos. Elias foi
fiel ao Todo-Poderoso ao cumprir sua missão — confrontar a apostasia no reino
do Norte. A sua devoção e zelo pela Palavra do Senhor, fez com que ele
precisasse de um lugar seguro para refugiar-se. O próprio Deus escolheu e
preparou este lugar, em Sarepta. Ali, uma pobre viúva seria usada como parte
do plano de provisão do Senhor. Aprendemos com este episódio que o Pai
Celeste é o nosso Provedor. Ele, como o Bom Pastor, supre as nossas
necessidades. Confie!
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
· Compreender que Deus é o nosso provedor.
· Explicitar o poder da graça de Deus para com os
povos gentílicos.
· Conscientizar-se do poder da Palavra de Deus e da
oração.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado
professor, para introduzir o tópico II da lição utilize o esquema abaixo.
Reproduza-o conforme as suas possibilidades. Fale que além da viúva de
Sarepta, as Sagradas Escrituras falam sobre outras mulheres estrangeiras que
o Senhor acolheu através do seu povo. Raabe, Rute e a mulher siro-fenícia
comprovam que Deus não pertence a nenhum grupo específico. Ele é infinito e
seu Santo Espírito sopra onde quer.
A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES ESTRANGEIRAS NAS ESCRITURAS
• Raabe
Habitante de
Jericó na época da invasão de Israel à Canaã. Sua história é narrada em Josué
2.1-22; 6.17-25. Há, sobre ela, referências claras em o Novo Testamento.
Aqui, o autor sagrado atribui a salvação de Raabe à sua fé (Tg 2.25; Hb
11.31).
• Rute
Uma moabita que
casou com dois fazendeiros judeus: Malom (Rt 4.10), um dos filhos de
Elimeleque e Noemi (4.3; 1.2), e Boaz, um parente de Elimeleque (4.3).
• A mulher siro-fenícia
Mulher gentílica,
da região de Tiro e Sidom, que pediu a Jesus para curar a sua filha (Mc 7.26;
cf. Mt 15.21,22).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Provisão: Abastecimento, fornecimento,
mantimentos.
A visita do
profeta Elias a terra de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, é
emblemática por algumas razões. Primeiramente, a história revela o cuidado de
Deus para com os que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa onde
estejam, Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foi o agente de Deus
para confrontar a apostasia no reino do Norte. Necessitava, pois, de um lugar
seguro para refugiar-se. Em segundo lugar, o episódio revela a soberania de
Deus sobre as nações. Mesmo tratando-se de uma terra pagã, Deus escolhe
dentre os moradores de Sarepta, uma mulher que servirá como instrumento na
construção de seu propósito.
I. UM PROFETA EM TERRA ESTRANGEIRA
1. A fonte de Querite. Logo após profetizar uma grande seca sobre o reinado de Acabe, Elias
recebeu a orientação divina: “Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e
esconde-te junto ao ribeiro de Quente, que está diante do Jordão” (1 Rs
17.3). Elias havia se tornado uma persona non grata no reinado de
Acabe. E, devido a esse fato, precisava sair de cena por um tempo. Seguindo a
orientação divina, ele refugia-se primeiramente próximo à fonte de Querite.
Era um lugar de sombra e água fresca, mas não representava o ponto final de
sua jornada. Ele não poderia fixar-se naquele local porque ali não havia uma
fonte permanente, mas uma provisão em tempos de crise (1 Rs 17.7). Quem faz
de “Querite” seu ponto final terá problemas porque certamente secará!
2. Elias em Sarepta. Elias afasta-se de seu povo e de sua terra, indo refugiar-se em
território fenício (1 Rs 17.9). A geografia bíblica informa-nos que Sarepta
era uma pequena localidade situada a cerca de quinze quilômetros de Sidom,
terra da temida Jezabel (1 Rs 16.31). Às vezes o Senhor faz coisas que parece
não ter lógica alguma! No entanto, esse foi o único lugar no qual o rei Acabe
jamais pensaria em procurar o profeta (1 Rs 18.10). São nas coisas menos
prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma terra de
ninguém, mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu propósito.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Num
momento de crise Elias se afastou do seu povo e de sua terra e refugiou-se em
território fenício.
II. UMA ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS
1. A soberania e graça de Deus. Quando o Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até Sarepta,
revelou-lhe também qual era o seu propósito: “Ordenei ali a uma mulher viúva
que te sustente” (1 Rs 17.9). Elias precisava sair da região controlada por
Acabe e isso, como vimos, aconteceu quando ele se dirigiu a Sidom, na
Fenícia.
O texto é bem
claro em referir-se à viúva como sendo um instrumento que o Senhor usaria
para auxiliar a Elias: “Ordenei ali a uma mulher viúva”. Quem era essa viúva
ninguém sabe. Todavia, foi a única escolhida pelo Senhor, dentre milhares de
outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lc 4.25,26). Era uma
gentia que, graças ao desígnio divino, contribuiu para a construção e
desenvolvimento do plano divino.
2. A providência de Deus. A providência divina para com Elias revelou-se naquilo que Paulo,
muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um gigante espiritual ajudado por
uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e pobre. Muito pobre! Ficamos a
pensar o que teria passado pela cabeça do profeta quando o Senhor lhe disse
que havia ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era de se imaginar que a
mulher possuísse algum recurso. Como em toda a história de Elias, a provisão
de Deus logo fica em evidência. A providência divina já havia se manifestado
nos alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora revelar-se-ia
através de uma viúva pobre.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Pela
sua soberania e graça, Deus incluiu uma estrangeira em seu plano.
III. O PODER DA PALAVRA DE DEUS
1. A escassez humana e a suficiência divina. A mulher que Deus havia levantado
para alimentar Elias durante o período da seca disse não possuir nada ou
quase nada: “nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa
panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e
vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.”
(1 Rs 17.12). De fato o que essa mulher possuía como provisão era algo
humanamente insignificante! A propósito, o termo hebraico usado para punhado,
dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela possuía! Deus queria
operar o milagre a partir do que a viúva tinha. A suficiência divina se
revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito!
2. Deus, a prioridade maior. O profeta entrega à viúva de Sarepta a chave do milagre quando lhe
diz: “porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para
fora; depois, farás para ti e para teu filho” (1 Rs 17.13), O profeta era um
agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava colocar a Deus em primeiro
lugar. O texto sagrado afirma que “foi ela e fez segundo a palavra de Elias”
(1 Rs 17.15). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão, e não obedecido as
diretrizes do profeta, certamente teria perdido a bênção. O segredo, pois, é
colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Na
escassez humana vemos a suficiência divina através do poder da Palavra de
Deus.
IV. O PODER DA ORAÇÃO
1. A oração intercessória. O texto de 1 Reis 17.1 traz a profecia de Elias sobre a seca em
Israel. E, de fato, a seca aconteceu. Tiago, porém, destaca que a predição de
Elias foi acompanhada de oração: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões
que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não
choveu sobre a terra” (Tg 5.17). Novamente o profeta encontra-se diante de um
novo desafio e somente a oração provará a sua eficácia. O filho da viúva
morreu e Elias toma as dores da pobre mulher, pondo-se em seu lugar e clama ao
Senhor (1 Rs 17.19,20). Deus ouviu e respondeu ao seu servo.
2. A oração perseverante. Elias orou com insistência (1 Rs 17.21). Ele estendeu-se sobre o
menino três vezes! Isso demonstra a natureza perseverante de sua oração.
Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo caminho porque não são
acompanhados de oração perseverante. O Senhor Jesus destacou a necessidade de
sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola do juiz iníquo (Lc 18.1).
É com tal perseverança que conseguiremos alcançar nossos objetivos.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O
clamor intercessório e perseverante confirmam o poder da oração.
CONCLUSÃO
A soberania de
Deus sobre a história e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que o
teme se revelam de forma maravilhosa no episódio envolvendo o profeta Elias e
a sua visita a Sarepta. Não há limites quando Deus quer revelar a sua graça e
tampouco há circunstância demasiadamente difícil que possa impedi-lo de
mostrar o seu poder provedor.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. Geograficamente falando, onde ficava Querite e
Sarepta?
R. Querite ficava do lado oriental do reino do
Norte, na fronteira do Jordão e Sarepta ficava a cerca de quinze quilômetros
de Sidom.
2. De que forma vemos a ação de Deus se manifestar
em Sarepta?
R. Incluindo a viúva em seu plano e provendo o que
era necessário para ela e para Elias.
3. Que lições podemos aprender do milagre na casa
da viúva?
R. Que quando se coloca Deus como prioridade maior,
então haverá garantia para a provisão da escassez humana.
4. No episódio da ressurreição do filho da viúva,
quais aspectos da oração podem ser destacados?
R. Os da oração intercessória e perseverante.
5. Segundo a lição, como devemos alcançar os nossos
objetivos?
R. Com perseverança.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Geográfico
“Sarepta
Durante os três
anos de seca sofridos por Israel nos dias de Acabe, Deus enviou Elias, que
havia pronunciado o julgamento de Israel, à cidade fenícia de Sarepta, para
que ali fosse sustentado. Nesta cidade, a viúva com a qual o profeta viveu
desfrutou um suprimento perene de azeite e farinha, e experimentou a alegria
de ter seu filho ressuscitado dos mortos (1 Rs 17.8-24). A cidade estava
localizada a aproximadamente treze quilômetros ao sul de Sidom, ao longo da
costa mediterrânea, na estrada para Tiro. Também é conhecida como Zarefate em
algumas versões (Ob 1.20) e como Sarepta no NT (Lc 4.26) é a moderna
Sarafand. Sarepta é mencionada em textos ugaríticos do século XIV a.C. e em
papiros egípcios do século XIII a.C junto com Biblos, Beirute, Sidom e Tiro como
uma das principais cidades da costa (ANET, p.477). Tanto Senaqueribe como
Esar-Hadom reivindicam ter tomado Sarepta de acordo com as inscrições
assírias (ela foi chamada Zaribtu, ANET, p.287)” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1768).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Devocional
“1 Reis 17.8-16
Aqui nós temos um
relato de outra proteção que Elias recebeu e de outra provisão que lhe foi
feita durante o seu isolamento. Da assolação e da fome se rirá aquele
que tem Deus por seu amigo para guardá-lo e mantê-lo. O ribeiro de Querite
está seco, mas o cuidado de Deus por seu povo, e a bondade para com ele,
nunca cessam, nunca falham, antes, são os mesmos, e continuam e se prolongam
para aqueles que o conhecem (Sl 36.10). Quando o ribeiro secou, o Jordão não;
por que Deus não o enviou para lá? Com certeza porque Ele mostrava que
possuía uma variedade de formas de sustentar seu povo e não está preso a
nenhuma. Deus agora proverá para ele onde ter alguma companhia e oportunidade
de ser útil, e não ser, como tinha sido, enterrado vivo. Observe:
[...] O lugar
para onde ele é enviado, a Sarepta, uma cidade de Sidom, fora fronteira de
Israel (v.9). Nosso Salvador observa esse fato como um sinal antigo do favor
de Deus planejado para os pobres gentios, na plenitude dos tempos (Lc
4.25,26). Muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, e é
provável que algumas teriam lhe oferecido as boas-vindas em suas casas; mas
ele é enviado para honrar e abençoar com a sua presença uma cidade de Sidom,
uma cidade gentia, e assim se torna (diz o Dr. Lightfoot) o primeiro
profeta dos gentios. Israel tinha se corrompido com as idolatrias das
nações e se tornado pior do que elas; justamente por isso a sua queda é a
riqueza do mundo. Elias foi odiado e expulso pelos seus compatriotas; por
isso, ele vai para os gentios como posteriormente se ordenou aos apóstolos
que fizessem (At 18.6). Mas, por que para uma cidade de Sidom? Talvez porque
a adoração de Baal, que então era o clamoroso pecado de Israel, tinha vindo
recentemente dali com Jezabel, que era de Sidom (16.31); por essa razão, para
lá ele devia ir, para que dali pudesse sair o destruidor daquela idolatria:
‘certamente de Sidom eu chamei o meu profeta, o meu reformador’. Jezabel era
a maior inimiga de Elias; porém, para mostrar a ela a impotência da sua
malícia, Deus encontrará para ele um esconderijo exatamente no país dela.
Cristo jamais esteve entre os gentios, exceto uma vez, quando foi para as
partes de Sidom (Mt 15.21).
A pessoa
designada para hospedá-lo não é nenhum dos ricos mercadores ou dos grandes
homens de Sidom, nem alguém como Obadias, que era mordomo da casa de Acabe e
que alimentava os profetas; mas é ordenado a uma pobre viúva (isto é, ela é
capacitada e disposta por Deus), desamparada e solitária, que o sustente. É o
modo de Deus, e é a sua glória, fazer uso das coisas loucas deste mundo
e honrá-las. Ele é, de forma especial, o Deus das viúvas, e as alimenta, e
por isso elas devem pensar em como poderão retribuir a Ele” (HENRY, M. Comentário
Bíblico do Antigo Testamento: Josué a Ester. 1 ed., RJ: CPAD,
2010, p.512).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
A viúva de Sarepta
Uma cena curiosa
aparece na narrativa de Elias: Sua ida a Sarepta, uma cidade de Sidom, e seu
encontro com uma mulher viúva. Com todo o cenário de caos em Israel, Deus se
preocupa com uma mulher viúva da terra natal de Jezabel a ponto de enviar
Elias não apenas para se manter vivo, mas para preservar a mulher e seu filho
vivos também.
O perfil da viúva de Sarepta. Aquela era uma mulher que não tinha para si um provedor. O Texto
Sagrado não diz há quanto tempo ela ficara viúva, mas diz que era uma mulher
que além de viúva, não tinha mais recursos para se manter, a ponto de dizer
ao profeta que ela não possuía nada mais que um punhado de azeite e farinha
em casa, e que os usaria para fazer a última refeição de sua vida e da vida
de seu filho. Foi nesse ambiente que Deus realizou a multiplicação dos únicos
bens daquela mulher.
Aquela mulher
também demonstrou fé naquilo que Elias disse. Quando surgem momentos de
escassez, é comum as pessoas se tornarem mais egoístas. Mas aquela viúva fez
o que Elias ordenou, e viu a providência divina em seu lar no período de
seca.
A atitude de Elias. Quando o filho daquela viúva morreu, ela não se lembrou, em sua dor,
da providência de Deus em seu lar por causa da presença de Elias. Na verdade,
ela acusou o profeta de ser o responsável por aquela morte. E Elias precisava
responder àquela situação. Ele não discutiu com a mulher. Apenas pediu que
ela lhe entregasse o corpo do seu filho. Indo para o seu quarto, Elias roga
ao Senhor que traga a vida do menino, e Deus responde à oração de Elias,
realizando a primeira ressurreição da Bíblia. E quando devolveu o filho
ressuscitado à sua mãe, Elias não discutiu. Em nenhum momento Elias chamou
aquela mulher de incrédula, ou de ingrata (afinal, ela e seu filho estavam
vivos graças à presença de Elias naquela casa). Ele agiu com mansidão, e Deus
o honrou (1 Rs 17.24). Atente para o fato de que Elias agiu de forma mansa
com aquela mulher, mas posteriormente agiu de forma impetuosa diante de Acabe
e de sua idolatria, mostrando que há momentos certos para se ter atitudes
certas diante de problemas diferentes. E por meio de Elias, o testemunho de
Deus foi dado em terras estrangeiras por meio de milagres e da providência
divina, a ponto de esse caso ser citado séculos depois pelo próprio Jesus.
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